sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ex vici-presidente do náutico da entrevista pela primeira vez desde o seu afastamento


Desde que se afastou dos cargos de vice-presidente do executivo e de futebol do Náutico, Toninho Monteiro não havia se pronunciado a respeito do assunto. Mas se sentia obrigado a explicar o motivo que o levou a tal decisão para o torcedor alvirrubro, que o elegeu no cargo.

Toninho Monteiro aceitou, então, conversar com o Blog do Torcedor e o Jornal do Commercio para revelar o que já se desconfiva: o seu afastamento se deveu ao desentendimento direto com o presidente do executivo do clube, Paulo Wanderley.

“Existem divergências de trabalho e para não dizer que estou querendo tumultuar o ambiente do clube, preferi me afastar. O Náutico tem tudo para ter um ano histórico. EStá com a faca e o queijo na mão. Tem o maior orçamento da sua história, algo em torno dos R$ 45 milhões, montou um time forte para fazer uma grande temporada. Não quero mais conversa com ele (o presidente Paulo Wanderley). Mas torço pelo seu sucesso, pois também é o sucesso do Náutico“, declarou.

Toninho não quis entrar em detalhes do desentendimento. Disse que terá o momento oportuno para isso. Mas deixou claro sua insatisfação. Mesmo sendo vice-presidente de futebol, suas ideias para o departamento não estavam sendo levadas em consideração. Embora não queira revelar os detalhes de sua saída, sabe-se que a contratação do superintendente de futebol, Daniel Freitas, foi um dos fatores causou rompimento.

“Não tive nenhuma participação na contratação do Daniel Freitas. Quando ele foi contratado eu já estava saindo. Não o conheço, não sei da capacidade dele, nem sei quem ele é. Também não tive participação na vinda do Mancini“, disse o dirigente, esclarecendo que não saiu da vice-presidência do executivo do Náutico.

Antes de inicar a entrevista, Toninho Monteiro fez questão de falar um pouco do seu histórico no Náutico nos últimos dois anos. Ele assumiu a vice-presidência de futebol em 2011, quando o presidente era Berillo Júnior. Chegou a ser candidato a presidente no final daquele ano, mas, depois de muitas reuniões, resolveu compor a chapa encabeçada por Paulo Wanderley, com quem agora, rompeu. “Não estou arrependido, pois acordo é acordo. Queria servir mais ao clube que gosto. Mas infelizmente, não concordo com o que está sendo feito“, destacou.

Monteiro avaliou como bom o trabalho à frente do futebol do Timbu. E declarou: “É preciso muito critério para se contratar um gerente de futebol porque hoje ele está aqui, amanhã vai embora e o pepino fica para o clube. Eu particularmente só acredito em vice-presidente de futebol e diretor que esteja lá dentro no dia a dia. E eu era presente. Até a comida do jogador ia olhar. Atleta quer saber de diretor, não quer gerentão não“.

Ao ser questionado sobre os projetos visando à eleição do Náutico, que acontece no final do ano, Toninho Monteiro não quis comentar. Disse que seria uma falta de respeito ao clube falar sobre o assunto agora. Descartou qualquer possibilidade de ser candidato por questões pessoais. No entanto, deixou clara a sua predileção por André Campos, de quem se declarou fã. “Existem vários nomes que podem ser candidato a presidente do Náutico, Mas André Campos foi o principal responsável pelo ressurgimento do Náutico em 2001, quando fomos campeões no ano do centenário. O clube sente muito a falta dele”, declarou. “Daqui para o final do ano, muita água vai rolar“, completou.

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